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Dossier Pierre Fédida
ano XVII - 1° semestre 2004
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capa: Antônio Henrique Amaral
  



capa: Antônio Henrique Amaral

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EDITORIAL  
TEXTOS  
Uma teoria da bissexualidade pode libertar-se do mito que a alimenta e nutre? Ela haure daí um poder de evidência natural e, desta, uma força de ilusão. Uma figura da simetria adquire, por meio dela, valor de paradigma.
 
As marcas que Pierre Fédida deixou em solo brasileiro estendem-se desde seu pensamento teórico e reflexivo até a prática clínica, herança de estadias diversas em que coordenou vários grupos de supervisão.
 
Este texto, comentando a supervisão relatada no texto anterior, focaliza em especial o problema da condição temporal da interpretação em relação à atividade de fantasia na qual ela se enraíza.
 
A partir do seminário clínico com Pierre Fédida, o autor se detém na questão da presença, na função dos conceitos e modelos teóricos na escuta do analista, e nas formas de intervenção interpretativa.
 
Na supervisão de Pierre Fédida, com material clínico trazido por Sandra Schaffa, o autor privilegia a questão do silêncio como chave para a compreensão dessa análise: "e você? Você tolera o silêncio do paciente?"
 
Num breve comentário ao texto do seminário clínico, são sublinhadas a atmosfera participativa do grupo e a forma, sempre não-dogmática, com a qual Pierre Fédida se comporta na discussão.
 
Este texto explica por que Fédida batizou assim o campo de estudos da psicopatologia fundamental, situando essa decisão no contexto político e ideológico da psicanálise francesa.
 
Do diálogo "Timeu", Fédida retirou a noção de "chôra" (lugar) e - interpretando-a com sua inventividade costumeira - deu-lhe uma função central na metapsicologia.
 
Testemunho da memória intemporal, este texto foi construído a partir das vindas de Pierre Fédida a São Paulo. Entre as várias impressões desses encontros, ressalta a ênfase no papel do vazio na escuta analítica.
 
A hipótese de uma homologia entre o inquietante, desencadeado pela heteronímia, e a situação psicanalítica é a base de algumas proposições sobre a implicação da alteridade na estrutura da linguagem, segundo a experiência analítica.
 
O viajar aqui é tratado como metáfora do sonhar, no âmbito de uma revisão da teoria psicanalítica do sonho, o que resulta em propor uma "vertical do estrangeiro", inerente à experiência do sonhar.
 
Três aspectos da obra do psicanalista francês são aqui ressaltados: o autismo como paradigma em psicopatologia fundamental, a retomada da noção de regressão, e a ênfase no trabalho de transferência.
 
Discutindo as críticas norte-americanas que desde a década de oitenta se dirigiam à metapsicologia, Pierre Fédida salienta a importância que Freud atribui à imaginação especulativa na criação de sua teoria.
 
A formação do psicanalista baseia-se num tripé: análise pessoal do analista, a supervisão - ou análise de controle - e o estudo. Além dessas atividades, o seminário clínico é amplamente praticado, com variações de enquadramento.
 
Este artigo procura demonstrar que a estrutura fundamental que atravessa o trabalho de Fédida é o conceito de um aparelho psíquico cujo objetivo é proteger o sujeito de um aumento na estimulação.
 
Partindo de uma breve conversa com Fédida, o artigo percorre o pensamento desse autor a respeito dos processos psíquicos do analista, cuja investigação é condição essencial para a construção de uma metapsicologia da técnica.
 
 


ENTREVISTA  
Jean-Jacques Rassial é psicanalista, membro do "Espace Analytique", e desde o início de sua prática clínica trabalha com adolescentes...
 
DEBATE  
Para homenagear Pierre Fédida, a sessão Debates convidou três psicanalistas para darem sua contribuição a partir de um pequeno trecho extraído de sua penúltima publicação " Par où commence le corps humain - retour sur la régression": um dos seus livros mais instigantes e corajosos...
 
LEITURAS  
Resenha de "Figuras clínicas de feminino no mal-estar contemporâneo" - Silvia Leonor Alonso, Aline Camargo Gurfinkel e Danielle Melanie Breyton (org.). São Paulo, Escuta, 2002. 360 p.
 
Resenha de "Ensaio clínico sobre o sentido: fantasia, pensamento onírico e pulsões" - Mara Selaibe. São Paulo, Edusp/Casa do Psicólogo, 2003. 258 p.
 
Resenha de "A viagem: da literatura à Psicanálise" - Noemi Moritz Kon. São Paulo, Companhia das Letras, 2003. 411 p.
 
Resenha de "Franz Kafka: um judaísmo na ponte do impossível" - Enrique Mandelbaum. São Paulo, Perspectiva, 2003. 264 p.
 
Resenha de "Psicanálise: elementos para a clínica contemporânea" - Luís Claudio Figueiredo. São Paulo, Escuta, 2003. 201 p.
 
Resenha de "Psicopatologia dos ataques de pânico" - Mário Eduardo Costa Pereira. São Paulo, Escuta, 2003. 247 p.
 
Resenha de "Sobre Ética e Psicanálise" - Maria Rita Kehl. São Paulo, Companhia das Letras, 2002. 203 p.
 
Resenha de "Estresse" - Maria Auxiliadora de Almeida Cunha Arantes e Maria José Femenias Vieira. São Paulo, Casa do Psicólogo, 2002. 142 p.
 
Resenha de "Ejaculação precoce e disfunção erétil: uma abordagem psicanalítica" - Cassandra Pereira França. São Paulo, Casa do Psicólogo, 2001. 270 p.
 
Resenha de "Noção de objeto, concepção de sujeito: Freud, Piaget e Boesch" - Nelson Ernersto Coelho Junior, L. M. Simão, e M.T.C.C. de Souza. São Paulo, Casa do Psicólogo, 2002. 120 p.
 
Resenha de "A arte de formar: o feminino, o infantil e o epistemológico" - Marcia Neder Bacha. Petrópolis, Vozes, 2002. 148 p.
 
Resenha de "Psicopatologia fundamental" - Manoel Tosta Berlinck. São Paulo, Escuta, 2000. 407 p.
 
Resenha de "O psicanalista: hoje e amanhã. O I Encontro Psicanalítico da Teoria dos Campos por escrito" - Leda Maria Codeço Barone, Andrea Giovannetti, Leda Herrmann, Marilsa Taffarel e Rubia Mara do Nasciemnto Zecchin. São Paulo, Casa do Psicólogo, 2002. 291 p.
 
Resenha de "O que é psicologia pré-natal" - Joanna Wilheim. São Paulo, Casa do Psicólogo, 2002. 123 p.
 
 

     
Percurso é uma revista semestral de psicanálise, editada em São Paulo pelo Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae desde 1988.
 
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