capa: Tomie Ohtake
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EDITORIAL | | TEXTOS | Vinte anos se passaram desde a fundação do Instituto Sedes Sapientiae e, nele, de um curso de Psicanálise. Será ainda a mesma Psicanálise? Se não, por que? Uma visão edênica norteia algumas maneiras de incluir o Brasil entre os países onde existe psicanálise. Se a América é o Outro da Europa, quem é o nosso Outro? Qual é a nossa marca identitária? Comemorando o centenário de W. R. Bion, o presente trabalho retoma o seu trajeto, nele encontrando marcas de experiências que parecem ter contribuído para uma das mais instigantes obras da psicanálise. O sabor da "madeleine" faz surgir todas as recordações narradas em "Em busca do tempo perdido". Isto de passa à revelia do narrador... assimo como, para Freud, irrompe a sensação "unheimlich". Tomando por objeto de investigação um episódio específico da história do famoso paciente, este artigo discute as questões do trauma, da sedução, do encontro da criança com o adulto e das formas de se lidar com a castração. A psicanálise se auto-cria constantemente, sempre mergulhada na cultura. Este texto tenta articulá-la à transdisciplinariedade, visando pensar uma clínica conectada com o universo pulsional. Este artigo pensa o sujeito a partir das questões suscitadas pelos novos paradigmas introduzidos na contemporaneidade. Trabalha com as noções de cena psíquica e acontecimento, que atravessam a obra freudiana. O que acontece ao psicanalista quando adota pontos de vista epistemologicamente diversos frente a uma mesma questão-problema? Pode ganhar mobilidade clínica e autonomia com relação à instituição. Este trabalho reflete sobre algumas condições da legitimação de um campo singular, e analisa as condições metapsicológicas que aceleram as partículas do recinto analítico, transformando-o num caldeirão fervente. Pensar o trabalho de recepção e triagem de pacientes na instituição como "ato clínico" nos remete tanto a uma interrogação sobre o fazer psicanalítico no âmbito institucional quanto à questão de se e quando aceitar um paciente em análise. Do ponto de vista ético, é urgente supor um sujeito ali onde ele ainda não está completamente constituído. Este é também um pressuposto técnico do trabalho psicanalítico com crianças. Como, no Departamento de Psicanálise do Sedes, lemos Freud? Será possível esboçar um desenho ou uma imagem deste trabalho? É o que objetiva este artigo, a partir do livro "Freud: um Ciclo de Leituras". Como compreender o que se passa na mente do envolvidos no abuso sexual - a criança, a mãe, o pai? Aqui, algumas direções para pensar o problema, e algumas sugestões para o trabalho com estas famílias. Em comemoração pelo décimo aniversário de "Percurso", este texto convida o leitor a acompanhar os fios que vêm tecendo a história desta revista, e que formam uma trama na qual se pode ler parte da história da Psicanálise no Brasil. | |
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ENTREVISTA | | LEITURAS | Resenha de "O inventor da solidão" - Paul Auster. São Paulo, Editora Best Seller, 1992. 182 p. Resenha de "Psicanálise da crença" - Fabio Herrmann. Porto Alegre, Artes Médicas, 1998. 179 p. Resenha de "Psicanálise, estética e ética do desejo" - Maria Inês França. São Paulo, Perspectiva, 1997. Resenha de "Borges: a realidade da construção - literatura e psicanálise" - Giovanna Bartucci. Rio de Janeiro, Imago, 1996. 126 p. Resenha de "Rumo à palavra - três crianças autistas em psicanálise" - Marie-Christine Laznik. São Paulo, Escuta, 1997. 182 p. Resenha de "Por uma estilística da existência" - Joel Birman. São Paulo, Editora34, 1996. 220p. | |
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