capa: Stela Maris Da Poian
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EDITORIAL | | TEXTOS | A noção freudiana de "masoquismo feminino" não se refere às mulheres. Mas estas apresentam com frequência comportamentos e fantasias masoquistas; sua função defensiva é aqui estudada em relação ao complexo de Édipo. O elo entre masoquismo e histeria caracteriza as mulheres por uma imagem ligada à passividade. Será possível construir uma interpretação teórica e clínica para sair dos impasses que ele determina? Na dialética entre analista e analisando, uma das referências é a construção, obra comum que se assemelha - em sua função e em sua estrutura - aos mitos das sociedades mais arcaicas. Este ensaio propõe uma interpretação singular da psicanálise, como ampliação gradativa da capacidade de acolhimento e elaboração de afetos/interpretações que permanecem sem digestão possível por parte do corpo/espírito. As relações entre formação do eu, recalcamento, sedução originária, passividade e feminilidade são aqui explicitadas, com finalidade de esclarecer as transformações do eu durante o tratamento psicanalítico. A cidade pensada como o "mundo-aí" é o substrato que confere a espacialidade maior ao acompanhamento terapêutico. Este artigo escolhe o ângulo da cidade para focalizar a prática de acompanhamento. Em suas falhas de simbolização, Ana ilustra uma clínica peculiar, onde as tentativas do advir simbólico passam por inúmeras "contaminações" no e do setting. Embora tendo o corpo da mulher como mira principal, os "crimes amororsos" atingem todos os atores envolvidos na trama conjugal. Mas a evolução sexual está contribuindo para dissolver o patriarcalismo no brasileiro. Terá a escrita literária uma função terapêutica? A partir dos textos de um autora suicida, os limites da escrita como sublimação são aqui tomados como fio condutor para examinar esta questão. A síndrome de pânico, definida pela Psiquiatria americana como doença nova, ocupa hoje lugar nada desprezível na prática médica. Como escutá-la com os instrumentos da Psicanálise? Percorrendo genealogicamente as concepções de dor e cura psíquicas presentes nos textos de Freud anteriores a 1900, encontramos problemas que ainda hoje se impõem à clínica e à ética psicanalíticas. | |
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ENTREVISTA | PERCURSO realizou, no início deste ano, uma entrevista via faz com a psicanalista Joyce McDougall. O psicanalista Paulo Roberto Ceccarelli, amigo pessoal da entrevistada, foi convidado para nos oferecer uma aproximação ao universo da autora.. | LEITURAS | Resenha de "Modos de Subjetivação no Brasil e Outros Escritos" - Luis Cláudio Figueiredo. São Paulo, Escuta/EDUC, 1995. 151 p. Resenha de "Isaías Melsohn -a psicanálise e a vida" - Marilsa Taffarel e Bela M. Sister. São Paulo, Escuta, 1996. 243 p. Resenha de "Desilusão e História na Psicanálise de J. P. Sartre" - Camila Salles Gonçalves. São Paulo, NovAlexandria, 1996. 230 p. Resenha de "Dicionário comentado do alemão de Freud" - Luiz Hanns. São Paulo, Imago, 1996. 505p. Resenha de "Estilos da Clínica, revista sobre a infância com problemas, Dossiê: Psicoses e Instituição". n.1, segundo semestre de 1996, USP Instituto de Psicologia - Lugar de Vida. Pré-escola terapêutica, 175 p. Resenha de "Freud e seu duplo: reflexõs entre psicanálise e arte" - Noemi Moritz Kon. São Paulo, EDUSP/FAPESP, 1996. 219p. Resenha de "Psicossoma: psicossomática psicanalítica" - Flávio Carvalho Ferraz e Rubens Marcelo Volich (orgs.). São Paulo, Casa do Psicólogo, 1997. 231 p. Resenha de "Temporalidade e psicanálise" - Chaim Samuel Katz (org.). Petrópolis, Vozes, 1996. 171 p. e "O coração distante" - Chaim Samuel Katz. Rio de Janeiro, Revan, 1996. 190 p. | |
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